1º de Maio: Fortalecer a organização da classe trabalhadora contra a precarização e a pobreza!

Posted on 01/05/2023

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Chegamos a mais um Primeiro de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora, data que marca a luta das classes oprimidas e as aspirações socialistas e libertárias ao redor do mundo. São 137 anos desde que, inspirados pelas ideias anarquistas e revolucionárias, trabalhadores iniciaram uma Greve Geral em grandes cidades dos EUA, reivindicando a jornada de trabalho de 8 horas. Em Chicago, a repressão policial culminou com a morte de mais de 100 pessoas. Oito trabalhadores anarquistas foram presos, cinco deles condenados à morte. Logo ficaram conhecidos como os Mártires de Chicago.

Desde então, a data carrega a força das reivindicações por melhores condições de trabalho e por uma transformação radical da sociedade. No Brasil não é diferente, desde o século 19 já se celebrava o Primeiro de Maio como um momento de luta da classe trabalhadora. Foi o que inspirou a formação dos primeiros sindicatos, as reivindicações do proletariado por redução da jornada de trabalho e contra a carestia de vida, a resistência às prisões em massa e deportações de revolucionários estrangeiros, as lutas operárias contra os patrões e as ditaduras, o enfrentamento ao fascismo e ao peleguismo, à precarização das condições de trabalho, entre outras lutas. Em todos esses momentos, com maior ou menor força, anarquistas estiveram presentes, procurando combater os projetos autoritários e construir uma nova sociedade.

Hoje vivemos um momento de grandes desafios para a classe trabalhadora. A desregulação do trabalho desde 1980 aprofundou-se desde então. As diversas reformas nas leis de trabalho, na previdência e medidas que liberaram as privatizações abriram espaço para mais precarização e desemprego, com milhões de pessoas vivendo do trabalho informal, sem qualquer tipo de contrato – medidas de governos e empresas que contam com a colaboração de entidades sindicais, que na maior parte das vezes, largaram a disposição de luta.

Acreditamos que mudar esse cenário depende da mobilização desde as bases, nos locais onde a classe trabalhadora se organiza. Defendemos que os sindicatos e coletivos de trabalhadores combatam as reformas feitas nos últimos anos, que só pioraram as condições de vida da população. Somos contra as privatizações e o sucateamento dos serviços públicos, como nas áreas de saúde, educação, transporte e comunicação. O serviço público deve ser priorizado, com valorização das e dos trabalhadores, mais contratações e ampliação dos investimentos estruturais. Por isso, medidas como o Teto de Gastos e o tal “Arcabouço Fiscal” devem ser derrubadas, pois não estão a serviço do nosso povo.

Também defendemos o fim das leis de terceirização visando a ampliação de direitos das trabalhadoras e trabalhadores terceirizados, para que tenham igualdade de direitos em relação aos contratados diretos pelo serviço público. A terceirização é especialmente cruel com a população negra e periférica, com mulheres na base desses empregos, que massifica a precarização da vida dessas pessoas.

Por fim, reforçamos que governo nenhum vai presentear a classe trabalhadora com melhores condições de vida, por isso é preciso manter a independência de classe e combater o espírito de conciliação que se faz presente em grande parte das entidades sindicais neste governo Lula-Alckmin. Para isso, é importante articular as lutas por aumento real de salário, por melhores condições de trabalho e contra a precarização e o aumento do custo de vida, com combatividade e ação direta!

Nos sindicatos, coletivos e locais de trabalho, lutamos para honrar a história de tantas trabalhadoras e trabalhadores que nos antecederam, e para construir uma sociedade sob os princípios do socialismo libertário!

VIVA OS MÁRTIRES DE CHICAGO!

VIVA O PRIMEIRO DE MAIO!

PELO PODER POPULAR E O SOCIALISMO LIBERTÁRIO!

Coletivo Mineiro Popular Anarquista (COMPA)

Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ)

Organização Anarquista Socialismo Libertário (OASL)

Rusga Libertária (RL)

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