Nossa militância se solidariza às trabalhadoras e trabalhadores do metrô de São Paulo, que entraram em greve nesta quinta-feira, dia 23. Há anos a categoria vem denunciando a precarização do quadro de trabalhadores, com falta de contratações, achatamento de salários e retirada de direitos, além da piora da qualidade do serviço, com o avanço da privatização sobre todo o sistema.
Os metroviários não receberam as Participações nos Resultados (PRs) nos anos de 2020, 2021 e 2022, previstas em acordo com a companhia. Vale lembrar que durante todo esse período, inclusive nos momentos mais críticos da pandemia da covid-19, a categoria foi essencial para manter o funcionamento do sistema de transporte, e como recompensa recebe apenas a intransigência do governo estadual. O metrô não realiza concurso público há anos, e o quadro de empregados fica cada vez mais sobrecarregado para atender à população crescente que utiliza o transporte.
A privatização do sistema é outro grave problema que coloca em risco trabalhadores e a população em geral. Nos últimos anos o governo estadual vem privatizando setores e trechos do transporte sobre trilhos, tanto dos trens quanto do metrô. O resultado já é sentido na pele por passageiros, com piora no serviço e aumento nas falhas, como falhas elétricas e descarrilamentos. Além disso, o custo é maior para toda a população: segundo o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, a Via Quatro, que opera a linha amarela, recebe do governo do estado R$ 6,32 por passageiro, enquanto a tarifa de todo o sistema é R$ 4,40. Ou seja, mais dinheiro indo para uma empresa privada, em detrimento do metrô estatal.
Apoiamos a mobilização da categoria metroviária, que é essencial para manter o metrô eficiente e seguro para toda a população. Somos contra a privatização do sistema, que só piora o serviço e despeja dinheiro público para a iniciativa privada. Além disso defendemos a Tarifa Zero para todo o sistema de transporte coletivo, para que o transporte seja de fato um direito.
Como anarquistas, ressaltamos que o sistema do metrô deve ir além do modelo estatal. Defendemos um sistema de transporte verdadeiramente público, gerido pelas trabalhadoras e trabalhadores, e sob controle da população! Somente assim a qualidade do serviço poderá atender às reais necessidades das classes oprimidas!
Organização Anarquista Socialismo Libertário (OASL-SP)
Coletivo Mineiro Popular Anarquista (COMPA-MG)
Federação Anarquista do Rio de Janeiro (FARJ)
Rusga Libertária (RL-MT)
Solidariedade à greve no metrô de São Paulo! Contra as privatizações!
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Posted on 23/03/2023
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